Temos que celebrar. Sim, temos que celebrar! Neste 19 de novembro, Dia do Empreendedorismo Feminino, em plena pandemia, o Brasil tem muito o que comemorar. As mulheres empreendedoras, políticas, gestoras, mães, batalhadoras são cada vez mais protagonistas das mudanças positivas no país!
Com as eleições 2020 ocorrendo em novembro por causa da pandemia de Covid-19, não foi por acaso que o recente pleito – com recordes de candidaturas plurais e mulheres eleitas prefeitas e vereadoras – ocorreu próximo ao Dia do Empreendedorismo Feminino. Foi para abrilhantar ainda mais a celebração da data!
Sim, ainda há muito o que caminhar. Entretanto, o aumento de mulheres vereadoras em 18 Capitais, e diversas cidades elegendo prefeitas pela primeira vez na história são avanços positivos. Aqui no Rio Grande do Sul, Cruz Alta, Taquara e Soledade são alguns exemplos de municípios que, de maneira inédita, confiaram suas gestões a mulheres, a partir de 2021.
Você pode estar pensando: Flávia, o que tem a ver política com empreendedorismo e negócios, assuntos que você costuma abordar?
Eu lhe digo: tem tudo a ver!
Primeiro, porque políticas públicas afetam diretamente o empreendedorismo e os negócios, no Brasil e no mundo. Para o bem e para o mal.
Depois, porque almejar um cargo público é também uma forma de empreender. Afinal, é um investimento de tempo e dinheiro, que exige estratégias para se eleger.
Por fim, seja no executivo ou no legislativo, é fundamental que candidatas e candidatos conheçam o público e, principalmente, tenham capacidades de liderança e gestão.
Mas a ascensão das mulheres empreendedoras e do protagonismo feminino não acontece apenas pela política. De Norte a Sul, das influenciadoras digitais à presença nos canais midiáticos mais tradicionais, das MEIs às gestoras de grandes corporações, nós mulheres estamos superando todas as barreiras e ocupando espaços merecidos.
Digo espaços merecidos porque, como os desafios são 2x, 3x, 10x maiores para mulheres em comparação aos enfrentados pelos homens, os resultados que precisamos apresentar são igualmente proporcionais. Ou seja, estamos entregando resultados excepcionais para empresas e para a sociedade brasileira.
Veja dois dados que comprovam a antifragilidade das mulheres que empreendem:
- As mulheres foram as que mais digitalizaram seus negócios na pandemia, superando os homens em 32%.
- 55% das mulheres empreendedoras não foram em busca de empréstimos na pandemia. Enquanto isso, 54% dos negócios comandados por homens foram socorridos por empréstimos.
Nomes como Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e uma das lideranças do Grupo Mulheres do Brasil; e Nathalia Arcuri, CEO da Me Poupe! e dona do maior canal de finanças do mundo no YouTube, se engajaram para que o protagonismo e o empreendedorismo feminino fosse pauta constante na corrida eleitoral de 2020.
Felizmente, Luiza e Nathalia são apenas duas importantes influenciadoras que atuaram para isso. Sei que existem muitas outras mulheres empreendedoras, entidades de negócios e movimentos suprapartidários que se engajaram para fortalecer o protagonismo feminino nas eleições.
Mas o empreendedorismo feminino não vive só de grandes nomes e movimentos suprapartidários. Assim como “as Luizas” e “as Nathalias”, as mulheres empreendedoras somos nós, na batalha do dia a dia, muitas vezes no “anonimato”.
Aqui na Despertay, por exemplo, a Simone Fonteles e eu somos duas empreendedoras com mais de 20 anos de trabalho ajudando micro e pequenas empreendedoras e empreendedores no Rio Grande do Sul. Essa longa trajetória no mundo corporativo me emociona. E essa emoção é um combustível para escrever uma reflexão como essa.
Aliás, não é de hoje que eu tenho um sentimento muito bom pelo Dia do Empreendedorismo Feminino.
Em comemoração à data em 2018, tive a honra de ser cerimonialista e mediar a primeira edição do talk show Os Desafios do Empreendedorismo Feminino. O evento foi realizado pela Associação Comercial de Cachoeirinha (ACC) e pelo Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC), cidade localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre.
E, naquela ocasião, também escrevi um artigo que você pode ler aqui. Aproveito este texto para trazer dicas que compartilhei no passado, mas que são atemporais.
Cara empreendedora: é hora de realizar os seus sonhos!
Não é o dinheiro que nos move. Também não somos reativas: o empreendedorismo feminino muitas vezes acontece por determinação do que por necessidade. 37% das mulheres começam seu próprio negócio sem investir dinheiro. Zero dinheiro, vontade infinita.
Seja por necessidade ou por determinação, seu combustível em algum momento será a realização de sonhos. A conquista de metas. A felicidade e a independência financeira!
Chega de encarar a presença de outras mulheres como competição. Estamos todas juntas!
Por isso, participe de iniciativas realizadas por mulheres. Dê feedback com empatia e esteja disposta a ouvir o que outras empreendedoras têm a dizer sobre você e seu trabalho.
Faça networking constantemente! Expanda sua rede de contatos profissionais!
Peça conselhos a amigas e amigos empreendedores!
Confio, cada vez mais, que a determinação das mulheres empreendedoras é uma das principais forças para vencer toda e qualquer crise que as economias nacional e global sofrem e ainda irão sofrer no futuro.
Compartilhe este artigo se você se identificou com essa reflexão!